sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Chuva de pétalas para colorir o céu de um vestido



Foto por Fábio Lucas

domingo, 29 de novembro de 2009

"R" de ''erre''

Era mais um final de quinta-feira. Dessas em que se chega em casa do trabalho, o ambiente inteiramente silencioso com apenas o som do relógio gritando que não há ninguém em casa.
Ela joga a mochila no chão do quarto coberto por pôsteres de cantores que fantasiam em sua mente um destino completamente diferente do que havia sido escrito para ela.
Toma um banho demorado esperando que ao retornar ao quarto encontrasse em seu celular uma ligação daquele que não apareceria pelos próximos dias ou quem sabe meses(tudo depende do que acontece). Mas ele não ligaria; diria que não tinha crédito quando na verdade, estaria aproveitando a farra com a galera da facul.
Havia shows de rock na cidade, mas ela era do tipo que desanimava rápido e quando sentia raiva, mergulhava em seus livros; achava que estudar era uma boa maneira de esquecer as frustrações.
Em algumas vezes acontecia de algum amigo(a) aparecer para arrastá-la do estado vegetativo, mas naquela semana todos estavam ocupados, empolgados, gastando demais para se importarem com quem não está nem aí para si mesma.
Leu, escreveu várias páginas, digitou e pensou por horas até que o celular ligado no carregador apitou avisando que já estava carregado por completo. Ela o pega para fuçar, já que ainda não sabia mexer direito; fazia uma semana que comprometera seu 13º salário com um desses celulares rosas e modernos, de dois chips. Observava se todos os contatos tinham ficado em sua agenda quando passou por uma letra que não desenhava há tempos: Jota

É que “J” é uma das poucas letras que também é nome; e para ela isso era interessante, até porque, além disso, a letra também lembrava alguém.
Deixar uma namorada sensível em uma cidade morgada como esta; viajar e não ligar pelo menos cinco vezes ao dia para dizer coisas bonitas é pedir para deixar o coração da dama carente e livre para novas ou antigas relações.
Ficou pensando naquela letra, naquele nome e naquele homem quando concluiu:
- Faz tempo que não ouço aquela voz 40% feminina.
Por um momento ainda lembrou-se de como aqueles 40% de feminilidade ficavam tão sexy’s em certos momentos.
Esfregou os olhos quase que num susto, tentando desgarrar da lembrança.
- Não, melhor só dar um toque. Sabe lá se ele está namorando...
Deu três toques e nada. Pôs o celular no silencioso e jogou-o embaixo do travesseiro para o caso de “alguém” retornar.
- Nós dois teremos mais ontens ou amanhãs?
E calou boca e olhos com o sono.
- Amanhã é dia de pagamento.
Contas e mais contas para pagar e um conjunto de soutien e calcinha lindo na vitrine!
- Vou levar.
Mulher quando fica carente sente falta de tudo, até do que já tem de sobra.
Mais uma sexta-feira vaga na internet.
- É melhor estudar pro Enem.
Claro que ela não conseguiria estudar, estava ansiosa demais para que algo novo acontecesse.
Nenhuma ligação no celular. Até ele estava descarregando de desânimo.
Hoje é dia 28 e os sofás e camas continuam bem arrumados, não há casa para limpar. Tudo continua intacto e ainda permanecia o único som sonolento do tic-tac do relógio de parede; até a gata tinha arrumado o que fazer pro aí.

O quarto estava com uma iluminação laranja e natural por conta do sol às 3 da tarde. Foi quando o telefone finalmente decidiu tocar(cantar):
“Caught in a bad romance…”
Era ele, o Jota.
Ficou pensando por uns três segundos no que dizer quando pôs o celular no ouvido, apertou a tecla verde e permaneceu calada.
Puxa vida, fazia tanto tempo que não se falavam; como poderia reagir àquilo?
- Alô, Jess?
- Oi!
Ela não sabia se calava a boca ou o coração que naquele momento batia mais alto que a voz dela.
- Então, tinha visto sua ligação, mas decidi retornar só quando colocasse crédito. Como você está menina? Faz tanto tempo que não te vejo!
Ela pensou bem em cada palavra que ia dizer e tentou tomar cuidado para não demonstrar o nervosismo. Mas é claro que foi envão, até porque ele também estava nervoso.
Depois de meia hora de conversa(hoje em dia as operadoras facilitam muito a vida dos desocupados), os dois permaneceram em silêncio por um momento. Um esperando que o outro puxasse um assunto(ou encontro).
- E aí, vai fazer o que hoje?
- Quem? Eu? Nada! Aliás, faz dias que não faço nada.
Depois de ter dito isso ela mordeu os lábios arrependida; pensou que agora ele pensaria que ela se auto-convidou para algum programa com ele.
- Nem eu. Fiquei sabendo que Madagascar II já chegou ao cinema, ta afim? Olha só, o filme é infantil, o que significa que eu não vou ter chance de te agarrar(deu uma pausa), eu acho.
Eles sorriram e logo ela o acompanhou com uma resposta:
- Por mim tudo bem. Eu não tenho nada(ninguém) para fazer(ver) mesmo.

Há quem diga que não. Mas eu continuo com a tese de que Uma coisa leva à outra.

Daiane Lopes.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009


Eu não preciso demonstrar todos os dias aquilo que eu sempre senti e sentirei.
Gosto de gostar baixinho.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Eu não sei onde nasci
Não lembro como nem quem veio me trazer àqui.
Não tenho endereço nem sobrenome
Não sei explicar qual é o vazio que me consome
Eu sei que desfarço bem essa maldade
Quem de longe vê nem imagina a verdade.
Não tenho casa nem endereço
Eu não sei o que realmente mereço.
Não tenho amor algum, não sou a doninha de ninguém
Sou alguém incomum, sem nenhum vintém.
Eu sou sozinha e não estranhe
Eu, não tenho pai nem mãe.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Como meu sucrilhos ao leite como quem mastiga sua boa sorte e engole como leite a raiva que você me faz, rapaz.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Nosso amor foi como jogar pedra na lua:
Subiu, subiu, mas não chegou ao destino previsto.
Foi como aqueles achocolatados em caixinha;
que antes mesmo de sentirmos o sabor o leite já tem acabado.
Teu amor foi como fogo de chuvinha que brilhou, brilhou mas acabou me queimando, e isso dói.

Eu quero mesmo é sentir um beijo arder na garganta;
Gozar um amor de comédia romântica.
Quero deixar vermelha de paixão qualquer grama verde em que nos deitarmos.
E que se cale toda e qualquer ofensa sobre meu lado sensível de ser.
E ah!
Os desejos daqui desejados não são para fazer inveja,
mas sim para fantasiar algo que não existe.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Duas da tarde;
O quarto alaranjado de sol;
A lembrança da sua barba suja do meu rouge;
Uma saudade apertada para doer.

Um olhar querendo dizer que te ama;
Um zíper para calar uma boca sem coragem.

sábado, 24 de outubro de 2009

Djavú

Quando é que você vai partir meu coração denovo?
Eu sei que logo morrerei de raiva de você;
tentarei te excluir da minha vida pela milésima vez e depois de um tempo estaremos mais uma vez assim(juntinho).


Você criou um filme em meu pensamento.
Daqueles em que as cenas românticas rolam em câmera lenta enquanto toca uma música do tipo.
Isso não é muito saudável, mas não abro mão de assisti-lo todos os dias antes de dormir.

Foto por: http://www.kurthalsey.com/

segunda-feira, 12 de outubro de 2009




E fica um acorde de saudade.


Reencontros em alta nesta estação.

sábado, 3 de outubro de 2009

Minha casa de quatro mulheres ganhará uma gata e uma cadela.
É muito sexo feminino para um senhor que passa o dia sozinho!

Foto por Paula Izabela

Esta semana enquanto o tédio tomava conta da perfumaria, resolvi consumir alguns escritos que uma amiga me doou.
Lendo percebi que escritores que aqui já não habitam, que há tanto tempo deixaram de viver para se tornarem história; percebi que alguns deles pensavam como eu. Eu li revelações tão pessoais e tão parecidas comigo que desejei ter nascido naquela época só para poder encarar alguém como eu.
Mas nascer em uma época diferente não me entristece; fico feliz em apenas ler e saber da existência de seres tão sensíveis; que apesar dos desvios do destino, tiveram várias paixões mas apenas um amor; amor este que carregaram não só no peito, mas no corpo inteiro até seu ultimo dia de vida.
Quisera eu ter alguém que vinhesse de tão longe à barco e à cavalo só para tentar ganhar o meu amor; chegasse aqui e descobrisse que aqui já não vivo e à Bahia fosse atraz de mim.
Mas se tudo podesse ser igual assim, não teria graça.
A minha história só eu posso contar; apenas eu posso viver; é de minha autoria o sentir e assim se prossegue com cada um.
O meu amor só eu poderei sentir a vida inteira, mas existem as lembranças para a minha memória falhar, e você para me refrescar. E quando tu não mais existir, serão estas linhas que me faram sentir saudade; serão meus tecidos que faram outras pessoas se identificarem, e ainda que não mais existemos, ficará vivo e transparente no ar por toda a eternidade o que há de mais bonito: O amor verdadeiro, o sentimento que inspira canções, poemas, lágrimas e sorrisos; todos eles com a sua cara e o meu caráter sentimental, amado.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009


E não existe homem bravo que não se amanse com um beijo de flor.
Sagrado seja o perfume que envolve dois corpos coloridos com corações de um vermelho único: Paixão
Saberei eu dizer pessoalmente as palavras que tatuo em meus cadernos quando sorrindo tímidamente penso nele?
Já fazia tempo desde que meu coração fora trancado à 9 chaves para não correr o risco de se afogar em amor novamente;
Mas não foi um príncipe com uma chave encantada quem apareceu para me desencadear, foram à várias marretadas que um carpinteiro conseguiu quebrar minha suposta proteção ''anti-romance''.
O tempo nos acostuma com a solidão(pobre de quem já se entregou a ela) e por isso hoje tudo parece tão novo e bonito que chega a transparecer surreal, como se eu tivesse que tomar cuidado para não cair em mais uma pegadinha da vida.
Bom,
veneno ou licor,
eu fico com o sabor que melhor se encaixar às minhas cordas vocais;
A bebida que melhor soar uma canção para se dançar;
E o melhor amor para fantasiar.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Eu sou muito alta, muito magra, e meu cabelo azul não combina com a sua barba laranja.

sábado, 12 de setembro de 2009

Diálogo de subconsciente com visitante de sonhos:

- De novo você por aqui girassol? Já é a segunda noite seguida!
- É que eu sei quando ela está prestes a me esquecer, então apareço só pra garantir minha estadia aqui.

A pior coisa que se pode acontecer quando se está namorando é sonhar com o ex.
Estes sonhos despertam emoções, cheiros, lembranças... Saudade.
Ande minha falta de memória, esqueça logo isso!

Acordar de mau-humor é consequência de uma má noite de sono, e de sonhos.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Eu não sei dizer se as pessoas de hoje me conhecem de forma correta.
Não sei se tenho pessoas o suficiente para escreverem sobre mim quando um dia nada mais existir.
Eu só tenho certeza de uma, Nayane Souza Alves.
Esta me conhece da raiz do cabelo ao dedo do pé que...
Esta me conheceu feliz, bonita, cheia de graça.
A mesma me viu perder os cabelos da cabeça, e outras coisas que pisaram o chão.
Me viu morrer de felicidade enquanto o presente escrevia o futuro miserável que me abraçaria.
Me viu ficar, namorar e jurar nunca deixar um homem borrar meu sorriso contornado de batom vermelho.
Hoje ela me vê chorar com a mesma frequência que assiste televisão.
Me vê me perguntando o que eu fiz para merecer tamanha angústia e infelicidade;
tamanhos problemas e decepções;
me perguntar por quê amar tanto alguém que nunca olhou para dentro de mim.
Ela me diz para esquecer, que existe coisa melhor guardada pra mim, que ninguém gosta de me ver assim.
Mas e aí? O que se fazer quando simplesmente se sente? Como se algo me obrigasse a isso!
Eu implorei a papai que me desse forças para segurar isso tudo, que me fizesse esquecer e me libertar para outros caminhos;
Força ele deu, mas não perca de memória suficiente para esquecer aquele girassol.
Hoje eu tatuo meu rosto diariamente com lágrimas exaustas de derramar, e sorrio! Sorrio porque sorrir engana a dor, funciona.
Minhas mãos tão cansadas... insistem em escrever.
Passo o dia pensando, sonhando, tecendo um futuro que não existe.
As vezes penso que a melhor opção pra quem não está feliz é sonhar com o que pode nos fazer feliz.
Por isso sonho, escrevo, canto, e aí me lembro destes amigos rescentes que me conhecem tão bem e tão mal ao mesmo tempo.
Eles sabem e não sabem de tanta coisa, e mesmo assim me fazem um bem tão grande, pois muitos deles são capazes de qualquer coisa para me ver sorrindo, e digo isso sem medo!
E é assim, lembrando deles que eu agradeço a papai por me ensinar que em meio a dor se encontra uma lição de amor.
Eu penso em Nayane, em Victor, Laecio, Adriana, Cilésio... As pessoas mais maravilhosas que eu já conheci. Em todo o sentimento que demonstram ao me verem triste, ou até mesmo feliz!
Eu sei, não são só eles, existem vários nessa lista de presentes de papai; minha família, o sorriso de Pedrinho, mais e mais amigos!
Devo a todos o ar que respiro, pois todos teem uma participação tão especial e bonita nas batidas de meu coração...
"A vida segue Daiane"
Eu canto isso todos os dias por vezes incontáveis, inlembráveis.
E não me importo de esperar, um dia meu coração aprende a letra da canção que vocês escreveram pra mim, meus anjos.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O Crime


Reescrito por mim, narrado por fim.

Alexi Fonseca, jovem de classe social baixa, nasceu e se criou em um bairro pobre de sua cidade natal, Tapiratiba. Nascido em 1974, foi abandonado pelo pai aos 10 anos, deixando ele, Séfora - sua mãe - e seus irmãos - Davi, de 5 anos e Maria de 2 -.
Esta não é uma história de comoção, esta é a história que lembra um vizinho, o tio de um amigo ou até mesmo uma matéria mostrada em um jornal policial local; que geralmente suja o caráter do entrevistado(a menos que seja alguém poderoso, claro) descaradamente. Enfim, esta é uma história bem "a cara de fulano", pois todos já viram algo assim.

Trabalhando como servente de pedreiro e sua mãe como lavadeira, Alexi - que há tempos já havia largado os estudos - aos 20 anos conheceu Alícia; jovem de 18 anos rescém completados, que morava na mesma comunidade que Alexi e cursava o ultimo ano do ensino médio. Em pouco tempo os dois começaram a namorar e por alguns meses a paz pareceu reinar entre aquelas pessoas.
Quando dizem que "alegria de pobre dura pouco", acreditem; é porque é verdade. Com cinco meses de namoro com Alexi, Alícia descobriu que estava grávida, o que ocasionou ela ser expulsa pelo pai e passar a morar com seu namorado; ao mesmo tempo que Séfora descobriu que portava diabetes tipo 2, o que a fez parar de trabalhar, pelo menos por um tempo. Daí em diante, "problema" se tornou uma palavra comum na vida dos Fonseca, principalmente para Alexi, que se viu sozinho e obrigado a encontrar uma solução.
Com quatro meses de gravidez, Alícia revelou que estava esperando gêmeos; o que deixou Alexi ainda mais preocupado, já que o dinheiro que recebia não dava nem para ajudar sua mãe com os medicamentos.
Os meses foram passando, Alexi já completara mais uma primavera e a situação de sua família - agora maior com Alícia e os dois bebês - era a mais difícil em toda sua vida. Mal havia comida e o estado de saúde de sua mãe piorava cada vez mais pela falta dos remédios. Desesperado, Alexi tomou uma decisão que iria mudar sua vida para sempre.
Morando onde morava, Alexi conhecia todo tipo de pessoa, até mesmo aquelas que não são boas de se conhecer. Logo conseguiu uma arma e munição; o dia seguinte prometia.
Durante a noite, permaneceu calado, pensativo, o que deixou Alícia intrigada:
- O que há? Porque não fala nada? Está inquieto...
- Não tenho o que falar.
- Tem certeza? Tá tudo bem?
- Já disse que não tenho o que falar!
Alexi não tinha gritado, nunca foi disso. Mas sua voz se agravou com a persistência de Alícia.
Alexi se calou. A casa se calou.
O silêncio reina onde há fome.
O dia amanhece e logo cedo Alexi sai e toma um café gelado em algum boteco.
13:30pm
Alexi respira fundo olhando para a sua casa e sai em sua missão.
14:00pm, banco central de Tapiratiba, Alexi anuncia assalto e mantém funcionários e clientes reféns, ameaça atirar em quem tentar reagir.
Logo a polícia é acionada e o banco é cercado por homens da lei.
Borboletas explodem na barriga de Alexi e tremendo, se apressa em pedir os pertences dos reféns e dinheiro ao gerente.
O tempo passa lentamente para Alexi, reféns e policiais.
O sol já está quase sumindo quando as negociações se iniciam; Alexi exige um advogado para lhe defender e enquanto o cansaço e o medo o tomam conta, a polícia tenta armar um esquema para invadir o banco e capturar Alexi sem ferir nenhum refém.
Envão. Alexi era um homem bom e jovem. E os jovens inocentimente não controlam suas emoções, o que muitas vezes isso pode ser um problema. Felizmente as emoções de Alexi não o levaram ao absurdo, não em parte.
Alexi só queria dinheiro, não tinha intenção nem coragem de machucar ninguém.
Em uma confusão de pensamentos e sentidos;
Calores e frios;
A lembrança de seu pai indo embora; o sorriso de Séfora escondido atrás de um olhar pálido; Alícia e seus pequenos...
Após longas 12 horas de cansaço físico e mental, Alexi se entregou à polícia acompanhado de um advogado.
Do lado de fora, uma multidão de curiosos, os malditos jornalistas locais prontos para desmoraliza-lo, e no meio disso, o olhar cansado e sem esperança de Alícia, que carregava seus filhos consigo, pequenos como as lágrimas que caiam de seus olhos.
Ao ver esta cena, Alexi perdeu suas forças, em segundos se deixou cair no chão lentamente, exausto e aos prantos. Suas mãos em seu rosto traduziam o que ele soluçando falava:
- Perdão Alícia, perdão! Me desculpe pelo destino que sem querer estou dando aos nossos filhos, me perdoe!
Não se pôde ouvir mais nada; fora arrastado pelos policiais para dentro da viatura.

E agora você deve estar pensando que esta não é uma história vista em qualquer lugar ou jornal policial, como eu citei no início. Não se vê porque esta é uma história vista por traz das câmeras; por detrás da voz daqueles que não enxergam o desespero.
E ainda assim volto a dizer que esta é uma história comum por ser vivida por muitos, de várias formas, mas assistida por poucos.

Daiane Lopes.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009


São nos fins de tardes de verão
que eu me lembro de nossas prosas
São de conversas tão melosas
que eu estanco a saudade no teu chão
São de coracterísticas tão idênticas
que eu mergulho na inocência,
na essência e na tendência
de te ter aqui por perto;
Pois eu sonho e dessonho com esse romance enfadonho
Onde tu que és tão esperto
Nem imagina o que eu espero.
De tão bonito
De tão sabido
Que não me controla por um trisco.
E mesmo com o gosto de uva na língua,
ainda assim eu te digo
Que bonito por sabido
Um coração fica dividido!

domingo, 2 de agosto de 2009

Morderei de saudade


E todas as manhãs nascerão com vontade de nos juntar!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Becouse I don't believe you do

Calei meu amor com o sono
Tratei de dar muito trabalho para ocupar minhas emoções
A distância faz o amor tirar folga e se deitar
Eu fico feliz com toda essa correria que me impede de sentir você.
Impede de sentir, não de pensar.
Graças a deus sou mulher e por isso tenho a capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo.
Apesar desta dormência dentro de mim, enquanto conto quantos reais em créditos foram vendidos, me pego pensando quando e se você vai me procurar.
Porque não resta dúvida de que ainda existo em teus pensamentos; quase invisível, mas ainda estou aí.
Enquanto isso demora, eu vou arrasando corações, construindo ilusões em mim e nos outros.
Das minhas tu nem sabes, pois ando calada em relação a isto(o que vem me ajudando bastante).
Ando sonhando enquanto tento decorar cada fragância nesta perfumaria; entre elas está a tua, esta eu não decorei, eu aprendi, está em mim.
Já se foram quase seis meses dessa agonia
Seis meses sem sequer uma troca de palavras ou olhares.
E se em pouco mais de uma semana nada acontecer, serão mais seis meses pela frente de agonia até a próxima época de festas em que minhas esperanças se renovarão.
Seis meses de falta de tempo, sentimentos dormentes, felicidades e mundo da lua.
Lua que já está verde de tando eu girar seu mundo ao redor de nós dois.

sábado, 4 de julho de 2009


Existem tranças em meus dedos que não se desenrrolam mais.
São lembranças que eu conto com a sorte para não esquece-las
São idéias com gosto de limão que da ponta da minha língua não saem.
Eu me esforço, mas desforço.
Nós dois somos culpados de um velho fato não acontecido
Um incidente que por ambos fora esquecido.
Engoli à força frases que me fizeram mal
Vomitei todas em um parque de diversões.
Desforço.
Deixei de pulsar, não de amar.
Deixei de escrever para aprender a ler
Andei a passos rápidos em busca de desviar-me do teu espaço, o que foi um fracasso.
Hoje posso olhar para o sol sem medo de me encomodar com a luz forte
Deixei a chuva molhar minha alma para manter a calma
Cantei a chuva.
O doce gosto dos meus desejos...
Sonho muito para de alguma forma, viver do meu jeito
E assim deixo
Uma melodia me lembrar passos para dançar
Vem cantar!

sexta-feira, 3 de julho de 2009


É para ela que eu canto hoje
O mais bonito dos amores
É pra você que eu revelo
Os meus sentimentos mais sinceros
De uma década que eu multiplicaria por dez
Pra não ter que recordar com nossos papéis
E que não censurem o meu sentimento por ti
Dessa amizade que cultivo desde pequena
Doce, alegre e serena
Nas manhãs, tardes e noites
Que cantando colhemos flores
E não há quem diga que não é verdade
Pois só basta uma semana, pra eu morrer de saudades.

sexta-feira, 29 de maio de 2009



"A única que usa batom vermelho cintilante."

"A mais bela flor do meu quintal;
Sozinha, rosa e natural."

Eram algumas das frases mais ditas enquanto passava a manhã à observa-la.
Toda aquela melancolia, aquela mania de se expressar perfeitamente; palavras difíceis de se entender eram o seu forte.
Parecia até um cavaleiro menestrel de tão educado que era.
Mas quem diria, isso tudo se perdeu quando seus olhos tocaram os de sua dama.
As palavras pareciam terem se escondido atraz de seu coração;
Seu ar perdera a direção aos pulmões; E o seu contrele...
Naquele momento, este perdera a vergonha.
Ao olhar aqueles lábios vermelhos de batom, não resistiu.
Seus olhos levaram seu polegar da mão direita até o lábio inferior daquela moça, sua rosa.
Em um arrastar delicado, tirou parte daquela cor cereja que pintava uma boca tão menina e provocante.
A pele branca, quase pálida, os cabelos curtos e castanhos escuros; não lisos, não cacheados, ondulados.
Suas unhas vermelhas que mais pareciam morangos em valsa, delicadamente tocaram a face daquele moço embriagado de paixão.
O que era valsa tornou-se bossa nova em quatro olhos brilhantes de desejo e inocência.
Vontade, vontade e... O vento tratou de unir aqueles corpos já casados pelo futuro presente.
A dança então mudou-se para o salão de suas bocas.
Samba para as línguas, rock para os dentes, e música eletrônica por conta dos corações.


terça-feira, 26 de maio de 2009

"O argumento ficou sem assunto"

Agente sente, ri, canta, sofre, chora, grita...
Mas desagradável mesmo é ver outras pessoas passarem por isso.
O ser humano não sabe amar, não sabe perdoar.
Digamos que... Eles não dão uma chance pra si e para o próximo ao mesmo tempo.
A humanidade carrega o egoísmo.
Cada um por si e o destino por todos; porque deus já não dá conta de tantas orações pra atender, ele ativou a chamada em espera.
O jeito é agir como numa canção:
"Chorar um pouquinho, mas manter a calma"

Se eu aprendi a viver?
A viver ou a me virar?
É. Porque a vida não se cria, ela surge.
O que se tem de aprender é a rebolar, e entenda como quiser!
Porque por mais inteligente ou esperto que alguém seja, em uma fração de segundos a vida pode desaparecer de si.
E não sou eu nem você quem escolhe, é o destino.
É tudo tão bem premeditado que chega a assustar.
Vejam só... Eu e meu costume de sempre começar meus textos com um assunto e terminar com outro. Talvez por isso eu nem passe no vestibular. E pra acabar de piorar, nem saber rebolar eu sei! E novamente, entenda como quiser...
Meu objetivo desde o início foi... Lamentar.
Lamento por mim, pela minha irmã, por uma amiga... Também pode ser por você que lê isto agora. Pois eu conheço bem o seu medo, aquele medinho clichê da humanidade: Medo de arriscar.
"Meus olhos gostam de correr o risco"
Mais uma música pra falar por mim.
E você agora deve estar se perguntando:
- E quem você pensa que é? A super women? Vá salvar o mundo com sua bondade!
Hahahaha!
Que tal mais uma canção?
"Nessa vida real, não há o bem sem o mal"
Se eu não chorar, se eu não cantar, se eu não escrever sobre minha indignação em relação à falta de sensibilidade da humanidade, quem vai fazer minha parte? Você?
Me desculpe, mas minhas coisas só eu sei fazer!
Portanto, deixe comigo.
E pra finalizar com fulga do argumento inicial deste texto, eu devo adimitir algo com uma canção:
"Eu sou feita pro amor da cabeça aos pés!"




Desculpem o uso das canções, como eu já disse, elas falam por mim.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Feliz dia das mães?

É com muita tristeza e revolta que eu venho descrever aqui o primeiro dia das mães que com certeza minha memória nunca falhará quando eu quiser lembrar.
Infelizmente, ao amanhecer o dia tive uma discursão com minha mãe, que me deixou durante todo o resto do dia com a auto-estima baixa.
Logo mais à noite conseguimos ficar bem e desabrochar belos sorrisos.
Por volta das 22 horas, quando desligamos a TV e desejamos boa noite carinhosamente, resolvi fazer uma oração(fazia tempo que não conversava com deus).
Agradeci pela maravilhosa mãe que tenho, pedi muita saúde pra ela e não pude conter uma lágrima quando me imaginei sem ela.
Neste exato momento escutei uma batida seguida de gritos de dor, eram gritos de uma mulher.
No mesmo instante me levantei da cama e quiz correr para ajudar; minha mãe tentou me impedir(ela sabe como sou fraca pra essas coisas) mas meu pai me acompanhou até o portão, aqueles gritos me aterrorizaram.
Moro na avenida Ailton Gomes, em frente a rua Nossa Senhora de Lurdes, o acidente foi em frente a minha casa.
Um carro invadiu a preferencial de um casal que vinha de bicicleta, bateu neles e em seguida fugiu.
Aqueles gritos que me causavam pavor era da mulher que vinha acompanhada de seu marido na bicicleta, ela estava grávida.
Todos em minha casa estavam apavorados e logo pegamos os telefones para ligar pro corpo de bombeiros e polícia para pedir ajuda.
Depois de algumas tentativas(pois sempre dava sinal de ocupado), consegui falar com alguém dos bombeiros.
Expliquei a situação e o atendente disse que a ambulância estava quebrada, que eu ligasse para o 192.
Isso me causou tanta revolta! Pois minha mãe já tinha falado com a polícia e eles deram calados por resposta. Eu disse ao atendente do 193 que aquilo era um absurdo, era a vida de uma mãe e uma criança que estava em jogo e eles se diziam não poder fazer nada! Desligaram na minha cara.
Felizmente existem pessoas raras por serem boas neste mundo. Alguém se dispôs a levar a senhora de carro ao hospital, não se ouviram mais gritos.
É triste saber que em um dia como este eu e tantas pessoas tivemos de assistir a um episódio desse, episódio que se resume em uma só palavra: IRRESPONSABILIDADE
Irresponsabilidade de tal pessoa incompetente no trânsito e ser cruel por fugir, abandonar em um asfalto uma mulher grávida, e irresponsabilidade das autoridades que estão responsáveis pela segurança da população local.
Há um ano uma situação parecida aconteceu comigo; fui vítima de um acidente de trânsito e se não fosse a bondade da população, talvez eu tivesse morrido, já que eu não pude contar nem com ambulância, nem com o indivíduo que invadiu a preferencial em que eu vinha de de moto, batendo no veículo em que eu me encontrava.
A perca de memória recente é algo que me afeta desde o dia 23 de outubro, mas daquela noite eu jamais esquecerei.
E hoje, dia das mães, o que eu mais desejo é que aquela senhora e seu bebê fiquem bem, e que os responsáveis pela segurança e bem-estar da população fiquem cientes do seu papel na sociedade; pois eu, Daiane Lopes, 17 anos, tenho vergonha da minha cidade.

10/05/2009

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Sobre cheiros eu inalo...


O Hoje.
Hoje o perfume dele veio me visitar
Logo em seguida pude sentir o sabor da tua carne quando eu te mordia
Carne de cheiro...
Benedito, maldito cheiro!

domingo, 3 de maio de 2009

Enquanto isto, no jardim do Éden...


- Girassol, onde está sua luz?
- Eu dei espaço pra lua, e ela tratou de apagar.

domingo, 26 de abril de 2009

A moça na tv previu um sábado sem chuvas no sertão
Mas de tempestade de lágrimas em meu coração.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Y soy herege!


Eu sou a senhora encantada que espera no muro
Sou um jarro de flores e dentro de mim crescem raizes cada vez mais fortes
O meu lugar não está no lugar
Mas isto é fácil de concertar
Eu sou a saudade e o arrependimento que o idoso sente de sua mocidade, do que deixou de fazer por insegurança.
Eu sou as emoções do adolescente que explodem a flor da pele.
Sou o vermelho nos lábios tão beijáveis da moça que vende flores
Tive paixões que hoje não passam de meras ilusões
Mas nunca deixei de lado este desejo de querer expressar minhas emoções.
Hoje eu sou capaz de ser o alfinete que te espeta
Ou serei mais um espinho em meio as pétalas?
Eu sou o cheiro de café da manhã que você quase nunca sente
Eu sou a garotinha de vestido de renda e cabelos ondulados que corre em meio as bétulas na floresta.
E o que me resta?
Escrever denovo uma canção
Que fale destes sentimentos amargurados, adocicados,
mas que vem e vão
Pois é assim que se faz valer cada pulsar do coração.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Eu decidi que irei morrer na inocência deste delito cometido que é te amar.
Pois tu me conheces girassol,
tu sabes que não sou de esconder o que sinto, não por muito tempo.
Mas neste momento, eu opto por caminhar na alameda dos sonhos sozinha.
Quantas saudades dos beijos que não dei...
Bom dia tristeza!

domingo, 5 de abril de 2009


O passarinho que não sabia voar
Já não pode mais nem cantar.

The End

Estive pensando esses dias
Estive sonhando todo dia
Nada ficou como eu queria
Já cansei de não notar o que eu divia

Estive chorando estes dias
Estive fazendo o que eu podia
Mas enquanto os olhos se enchiam
Eu pensei que contigo eu não podia

Chega, não dá mais
Nós dois chegamos ao fim
Não, não volte a alimentar o que existe em mim
papapa...

E enquanto eu te canto a despedida
Vá sorrindo, siga a sua vida
Sonharei contigo todo dia
E quem o futuro nos concilia?

Mas agora deixa, não volto atraz
O presente pede o fim
Não, não volte a alimentar o que existe em mim
papapa

Deixa, não olhe pra traz
Meu amor não chegou ao fim
Mas entenda, eu quero mais do que o momento tem pra mim
papapa...
Sábado de quase me fazer chorar.
Quase, porque hoje sou forte e consigo me segurar.

sábado, 4 de abril de 2009



Saudade não é uma coisa ruim pra ser escondida,
principalmente quando não se tem malícia, como a minha.
E é aí que eu continuo sentada no mesmo banco da praça em que costumávamos conversar
Só que desta vez, sozinha por opção.

sexta-feira, 27 de março de 2009

A roupa já foi lavada
A mesa já está arrumada
O café já está cheirando
E o meu bem vem chegando.

As flores já foram regadas
O leite já está na calçada
Meu coração, forte vai batento
Pois o rosto do meu menino já estou vendo.

Teu beijo faz de mim uma criança
É como se eu revivesse aquela lembrança
Do cheiro de alcool na provinha do jardim
Que a tia cantando trazia pra mim.

Nessa época de minha inocência tu já sapecava
E em uma dessas brincadeiras de menino tu cochichava:
- Toinho, se esconde rapidão; que Manel já conta 1, 2, 3 no portão!

Agora venha meu bem,
Não me trate com desdém
Que já faz tempo que eu espero por este dia
Em que meus olhos se enchem de alegria
E o lado direito de nossa cama já não ficará mais vazia
Pelomenos por uns dias...

terça-feira, 24 de março de 2009

O Eu, lírico.

- O amor é um delito; muito bem.
Eu sou a inocência boiando sobre o delito.

Eu sou um cubinho de gelo, daqueles que cai no chão escorregando até o sol e desaparece.

Eu não sou de roubar, sou de ser assaltada.
Sempre levam de mim meus sentimentos mais bonitos.
Tenho o pensamento longe, e onde está o pensamento está o olhar.


"Eu sou um passarinho
Mas não sei voar
Eu só sei cantar"


E eu nunca mais fui tão feliz desde que deixei de ser criança!

And who want's to know?
Nobody want's to know...

domingo, 15 de março de 2009


Eu demoro tanto tempo para ter sonhos bons que desta vez eu teria de ter um justamente com você, que raramente aparece em meus sonhos.
Estavamos no centro da cidade, o sol forte batia na parede do centro cultural, o que dava a impressão de ser mais ou menos 2 da tarde.
Subimos ao mirante e como da última vez, os seguranças nos deixaram sozinhos.
Foi tão bom sentir tuas mãos quentes e macias denovo...
Teu celular vibrou.
- Amor, vamo descer, meu pai está lá em baixo e quer me ver.
Eu fiquei meio surpresa com isto mas preferi não comentar nada.
Ao descer e sair pra fora do centro cultural o tempo já tinha gosto de 3:30 da tarde.
Subimos até a rua de cima e dobramos na esquina da direita; paramos e teus olhos procuraram de um lado pra outro o seu pai até que um homem acenou pra ti.
Ele era alto, de pele clara e físico médio. Vestia uma camisa social azul claro, uma gravata cinza escuro e uma calça social preta.
Eu pensei: - Não pode ser ele, lembro-me que tinham me mostrado ele em uma festa e não tem nada haver com este homem!
Mas como em sonho as coisas são meio estranhas, eu decidi ficar na minha mais uma vez.
Fomos até ele.
Ele pôs o braço direito sobre teus ombros e vocês sairam caminhando devagar, ele falava baixo contigo. Eu fui logo atráz.
Não andamos muito até chegar à uma casa, ou bar, não sei.
De lá saiu um homem que te abraçou e conversou algo que eu não entendi; aparentava estar embriagado. Aquele homem sim, eu reconheci.
Você pegou na minha mão e saimos a passos rápidos. Não sei como mas já estávamos em uma rua não asfautada, de pedra.
O tempo todo você não falou nada, caminhava olhando pro chão.
Naquele momento eu sabia que não deveria me atrever a falar nada.
Derrepente começamos a ficar super tontos, como se estivéssemos sobre efeito de alguma droga ou alcool.
Não sei como, mas derrubei dois homens que vinham de bicicleta; neste momento o tempo aparentava que fosse entre 5:30, 6 da tarde.
Ajudei os homens a se levantarem e quando voltei você estava com a cabeça deitada sobre um carro, com os olhos lacrimejando; cantava uma música linda... Sua voz, como sempre, tão suave e bonita.
- Vem amor, vamos sair daqui - eu disse enquanto te virava pra mim. Te beijei.
Quando se beija alguém que está quase chorando, o beijo se torna uma das coisas mais angelicais do mundo.
- Ele não deveria ter feito isso. - disse você com um olhar perdido.
Saimos de mãos dadas novamente, os passos que esvavam em velocidade normal voltaram a se apressar; parecia que estávamos procurando um lugar para se esconder.
Já estava de noite e o centro da cidade já estava longe.
As ruinhas eram de pedra e areia, por todo lugar havia pessoas, as praças que viamos eram tão pequenininhas...
Em frente uma dessas praçinhas havia um cemitério. Você me puxou pra dentro dele correndo.
Um grito de horror soou em nossos ouvidos, eu estremeci, mas você não tinha medo algum.
Agente corria tão rápido que eu já não sentia meus pés no chão; era como se eu estivesse voando.
Derrepente agente vira á esquerda e você me encosta na parede de uma das tumbas.
Minhas mãos tremiam assim como meu coração.
Eu poderia te pedir pra irmos embora, mas se aquilo estava te fazendo bem, eu não poderia te negar; não naquele dia.
Naquele momento eu era quem estava com os olhos lacrimejando. Era tão assustador e tão bonito ao mesmo tempo... Eu estava com você!
Tuas mãos seguravam meu rosto, teus olhos estavam voltados à minha boca e teus lábios lentamente tocaram os meus.
Foi o beijo mais doce do mundo.
Não consegui conter minha emoção e acordei.
Meu coração estava pulsando da mesma forma que no sonho.
Aquilo foi tão real que toda vez que lembro me dá vontade de chorar.
Porque a realidade mostra que você não está aqui;
Que talvez eu não te tenha mais a não ser nas tuas raras visitas aos meus sonhos;
E que eu nunca irei gostar de alguém como gosto de você.

sábado, 14 de março de 2009




E mais uma vez a lua virou estrela ao ver aqueles olhos grandes de menina lacrimejar e desabar em lágrimas abundantes.
Porque quando tudo pareceu estar bem, ele veio e apagou a luz tão difícil de se acender entre eles dois.
Mas aquela beija-flor já não é mais a mesma. A cada dia que passa ela envelhece mais; com o passar do tempo ficamos mais fortes e ao mesmo tempo mais fracos.
Ela tem força para seguir sem você por mais uma estação
Mas já não tem fôlego para ver os ventos de outros ares levarem suas pétalas para cada vez mais distante dela, oh doce e poético gira-sol.
Logo teus beijos não serão mais dela,
Logo apareceram outras flores que a apaixonaram;
Mas nenhuma brilhará tanto aos olhos dela como você.
E é por isso que ela chora, porque sabe que toda flor murcha.
Oh doce e poético gira-sol.
Nós somos mais do mesmo
Nós somos o encontro das gerações
Nós somos o futuro com saudade do passado
Nós somos o último dente de leão da estação
Nós somos indecifráveis
Nós somos nós mesmos.
Não há ninguém além da chuva
Essa chuva que está mais pra tempestade feita por uma só nuvem: Eu.
Minhas mãos tremem, é como se os raios e trovoadas estivessem acontecendo dentro de mim.
Seria tão bom se podéssemos ir até o fim quando planejamos algo.
As vezes não deveriamos usar um acontecimento de lição pra nossa vida.
Eu costumo pensar mais nos outros do que em mim, e de verdade, eu não desejo que essa dor que eu sinto há tanto tempo, e que ao mesmo momento me deixa mais forte, sirva para machucar os outros.
Sim, muitas vezes os "fortes" por serem ou por quererem se mostrar fortes acabam machucando os outros.
Eu prefiro ser sensível e chorar quando te ver triste do que forçar um sorriso que por dentro estará me matando.
Mais um vez o tremor...
É como se os fantasmas que estão trancados em meu coração gritassem, dessem murros e chutes nas paredes, em busca de se libertar.
E esse vento frio batendo em minha face pálida, é como se algo estivesse me avisando que isso é apenas o começo, e que essa chuva cairá sempre dos meus olhos; as vezes como uma chuva fina, outras como tempestade, com direito à raios, trovoadas e tudo mais.
Entende porque suas mãos quentes são tão importantes pra mim?
Porque em tua companhia, eu poderia suportar até um dilúvio!
E aí então eu poderia começar a sonhar novamente com o tão esperado sol nascente.
Mas você não está aqui, talvez nem queira.
E é aí que eu volto a chover desesperadamente...
Até um dia em que finalmente meus olhos se fecharam.

sexta-feira, 13 de março de 2009


Novamente eu me vejo em um deserto de sal
Tu me beijas, me deixas e com isso eu fico mal
O nível do teu mar quase nunca está elevado pro meu lado
É que os ventos sopram mais bonito pro lado do sul,
enquanto eu fico te olhando aqui do norte...
Meu bem, se afaste mas não me esqueça
Se encante mas segure minha mão antes que eu me perca
Tenho que confessar...
Tenho medo de que quando eu decidir me afogar no teu mar tu já estejas distraído demais pra me salvar
Mas quando meu corpo estiver na beira, na areia
Tu lembrarás que eu fui o outro par da tua meia
Sem eira nem beira
Mas que deixava tua casa cheia
Daquela dorzinha que faz bem, meu bem.
Um oceano de lágrimas em meu coração
- How! Uma esmolinha de atenção!
Pra aquela que escreve frases toscas para um sujeito sem noção
Capaz de deixar o coração de sua dama no chão.
Mas calma, isto já vai acabar
Logo os ventos sopraram pro lado de cá
E quem mais uma vez não deu valor
Mais um vez chorará de dor!