domingo, 15 de março de 2015

Mensagem

Tu se perdertes, miúdo.
És um caboclo de asas e voou pro mar
Mas foi além.
Além das tuas virturdes,
Das tuas origens
Esqueceu o pé de serra onde nasceu
Do reisado onde cresceu
E quando pergunto
Até do Mateu tu esqueceu.
Virou um sulista,
solista,
individualista.
Quem te conhece nem imagina,
o berço de cultura que te origina.
E só é triste, miúdo,
Porque é bonito,
Era pra ser infinito,
Mas tu te esqueceste.
E ainda que quisera lembrar,
Não te agradaria apreciar,
Pois só te apetece o que não te pertence.
Mas fundo entende,
em negação,
De onde vem teu coração.

Daiane Lopes