terça-feira, 13 de novembro de 2012



Antigamente era fácil falar de si.
A gente escrevia algo em um fotolog, pessoinhas vinham nos acalentar e aí ficava tudo bem.
Hoje é tão difícil falar de si. Dá preguiça, vergonha e raiva.
Raiva porque hoje você é maduro o suficiente para saber que quem quer que venha te dizer algo vai dizer o mesmo que todos os outros e que na verdade eles não dão a mínima para você.
O amor me destruiu, me fez envelhecer décadas e me tornou antisocial.
E mesmo triste eu fico bem neste canto de rede, ou na luta, ou no ônibus.

Saudade de quando a alegria cabia numa bacia.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

4 real

Estou precisando mesmo é de uma felicidade incondicional. De pegar um vôo sozinha para Belo Horizonte, depois um ônibus por aquelas ruas esquisitas e feias de tão pichadas; de passar um dia inteiro num sol quente(não tão quente como o daqui) onde mesmo assim as pessoas usam casacos e eu shortinho curto, regatinha e sandália de couro típica do meu cariri; conhecer pessoas lindas de vários lugares e então ficar em tempo de ter um ataque cardíaco quando falta pouco tempo para a garota que escreve e canta a sua vida subir no palco. Menino, aquelas músicas tocando antes do show, aquela multidão passando mal e sendo resgatada pelos seguranças; me arrepio só de lembrar. Quando finalmente, ela aparece como uma estrela, brilhante de encher os olhos. Nada nessa vida nunca me deixou tão feliz. E é exagero? É naaada... Se deus já não realiza nenhum dos meus pedidos, pelo menos esse ele fez de cum força, escolheu o melhor que é pra mim não perder a fé. Se ele realizou o que eu imaginava o desejo mais difícil, o que mais eu posso temer? O resto ou vem façinho, ou que se dane, eu não ligo.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Habilite-se(quiser)






















Poderia eu criar um blog e contar meus lamentos ao mundo;
mas isso eu já fiz e já abusei, o mundo também.
Me cansa os pulmões a obrigação de respirar certas saudades.
Uma vez eu me vi prometendo a mim mesma dar importância somente a coisas - que desaforo - que me façam bem; funcionou por umas três semanas.
Mas o que de fato acontece é que se não está longe do nosso alcance, então não há como ser saudade; não há como se sentir incompleto, e logo não há como ser uma pessoa normal.
Eu brinquei disso - de me enganar na anormalia - por vários anos na minha vida; e descobri que depois de tantos "quisera eu", o que eu realmente quero é uma cama para deitar minha cabeça cansada dessa procura clichê do que todo mundo tem mas só enxergamos em quem bem queremos.
O resto é só falta do que fazer.

Daiane Lopes

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Off-season



Não sumi, só não sei onde deixei meu tempo para viver.
E se eu ainda não me matei, é porque estudar e trabalhar me tomam o tempo.