sexta-feira, 24 de abril de 2009

Y soy herege!


Eu sou a senhora encantada que espera no muro
Sou um jarro de flores e dentro de mim crescem raizes cada vez mais fortes
O meu lugar não está no lugar
Mas isto é fácil de concertar
Eu sou a saudade e o arrependimento que o idoso sente de sua mocidade, do que deixou de fazer por insegurança.
Eu sou as emoções do adolescente que explodem a flor da pele.
Sou o vermelho nos lábios tão beijáveis da moça que vende flores
Tive paixões que hoje não passam de meras ilusões
Mas nunca deixei de lado este desejo de querer expressar minhas emoções.
Hoje eu sou capaz de ser o alfinete que te espeta
Ou serei mais um espinho em meio as pétalas?
Eu sou o cheiro de café da manhã que você quase nunca sente
Eu sou a garotinha de vestido de renda e cabelos ondulados que corre em meio as bétulas na floresta.
E o que me resta?
Escrever denovo uma canção
Que fale destes sentimentos amargurados, adocicados,
mas que vem e vão
Pois é assim que se faz valer cada pulsar do coração.

2 comentários:

  1. Muita beleza por aqui moça...escreves bem. Esse texto me levou num dia em que assistia O Fabuloso Destino Amelie Poulain. Dia chuvoso, filme intrigante ainda que leve, e construção de um momento desses, desses que você para um pouco pra observar que todo sentido de viver está nas "pequenas grandes" coisas da vida.

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  2. Adorei o quê você escreveu, escreves bem! Gostei dessa parte; ''Eu sou a saudade e o arrependimento que o idoso sente de sua mocidade, do que deixou de fazer por insegurança.''

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