quinta-feira, 18 de março de 2010




Coloquei meus sapatos na varanda para descançarem.
É, ultimamente são eles quem se cansam no meu lugar.
Já perdi a conta de quantas vidas já vivi e que se resumiram em uma só.
Desde quando esse vazio mora aqui?
Vivo me perguntando se só eu sou assim,
Se apenas eu tenho esse desejo enorme de me explodir em mil pedaçinhos vermelhos e brilhantes de carinho.
A cada resposta que encontro e desencontro, tenho mais certeza de que as pessoas nunca deixarão de ser essas uvinhas roxas de egoísmo que logo não passarão de passas.
Penso que a vida me quer como uma exeção,
Como único ser feito de amor desde as raízes dos meus cabelos.
Não me julgo santa, um ser divino;
Peco com amor bem pecado,
Vivo um bem amado por mim mesma.
E sei que tudo o que é vivo um dia morre, mas ao mesmo tempo sei que nada se perde completamente;
Pois de mim sempre brotará o cheiro de flores e frutas vermelhas de paixão, até mesmo quando de mim esquecerem.

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